No mês passado, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou 34 pessoas pela tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, dividindo a trama em quatro núcleos. O núcleo 3, composto por 12 acusados, teria promovido ações táticas para ultimar o golpe, incluindo uma campanha pública para pressionar o Alto Comando das Forças Armadas a aderir ao conluio golpista.
Esta é a segunda vez que Moraes libera um núcleo para julgamento. O primeiro foi o núcleo 1, que inclui Bolsonaro, ex-ministros e generais da reserva do Exército. O julgamento desses acusados está marcado para o dia 25 de março, quando os ministros da Primeira Turma irão decidir se eles se tornarão réus e responderão por uma ação penal na Corte.
Todos os acusados foram denunciados por cinco crimes, incluindo golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Os acusados do núcleo 3 são Bernardo Romão Correa Netto, Cleverson Ney Magalhães, Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, Fabrício Moreira de Bastos, Hélio Ferreira Lima, Márcio Nunes de Resende Júnior, Nilton Diniz Rodrigues, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Júnior, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Wladimir Matos Soares.
Este é mais um capítulo importante no desenrolar das investigações sobre a trama golpista que teria ocorrido durante o governo de Jair Bolsonaro, e agora cabe ao judiciário brasileiro analisar e julgar os envolvidos nessas denúncias.
