O comunicado da última reunião já indicava a intenção de elevar os juros em 1 ponto percentual nesta reunião. O aumento é justificado pelo agravamento das incertezas externas e os impactos do pacote fiscal do governo no final do ano passado. A decisão será anunciada ao final do dia de hoje.
A inflação tem sido o principal motivo para as sucessivas elevações da Selic. A ata da última reunião apontou para um prolongamento do ciclo de alta da taxa de juros, devido ao cenário adverso da inflação de curto prazo, especialmente devido ao aumento nos preços dos alimentos. A expectativa é de que a inflação permaneça acima da meta nos próximos 6 meses. Segundo o boletim Focus, a estimativa de inflação para 2025 está em 5,66%, acima do teto da meta estabelecida pelo CMN.
A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a intenção é conter a demanda aquecida e consequentemente os preços. Os bancos consideram diversos fatores ao definir os juros cobrados dos consumidores, além da Selic.
Com o aumento da Selic, o crédito fica mais caro, desestimulando a atividade econômica. Mas, ao reduzir a Selic, o objetivo é incentivar a produção e o consumo, estimulando a economia. O próximo Relatório de Inflação será divulgado no fim de março, com possíveis revisões nas projeções para o IPCA. O Copom se reúne a cada 45 dias para analisar a situação econômica e decidir sobre a taxa básica de juros.