Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o ministro ressaltou a importância de democratizar o acesso ao crédito para todos os trabalhadores, independentemente da categoria profissional. Trabalhadores domésticos, assalariados com carteira assinada, assalariados rurais e até mesmo os microempreendedores individuais (MEI) poderão se beneficiar do programa.
Entretanto, Marinho alertou os trabalhadores a terem cautela na hora de solicitar empréstimos, recomendando a análise cuidadosa de propostas e a realização de comparativos antes de fechar negócio. Até o momento, mais de 15 milhões de pedidos de empréstimos foram simulados, com aproximadamente 1,4 mil contratos já fechados.
O Programa Crédito do Trabalhador na Carteira Digital de Trabalho permitirá o compartilhamento de dados do eSocial, sistema eletrônico que centraliza informações trabalhistas, para a contratação de crédito consignado. Com essa nova modalidade, mais de 80 bancos e instituições financeiras poderão ter acesso ao perfil dos trabalhadores, o que poderá triplicar o volume de crédito consignado privado no país.
Apesar de não haver um teto de juros estabelecido, a promessa é de que as taxas de juros para os empréstimos consignados possam cair pela metade em comparação com as praticadas atualmente. O ministro Marinho ressaltou que o governo estará monitorando os casos de possível abuso nas cobranças e poderá adotar medidas rígidas caso necessário.
Com a implementação do Programa Crédito do Trabalhador na Carteira Digital de Trabalho, espera-se que mais trabalhadores brasileiros tenham acesso a empréstimos com condições mais vantajosas, contribuindo para a democratização do crédito e para o aquecimento da economia do país.