BATEU, LEVOU – Renan Calheiros pede troca de superintendente da PF em Alagoas

O MDB protocolou no Tribunal Regional Eleitoral, na tarde deste sábado, um pedido de substituição da superintendente da Polícia Federal em Alagoas, Juliana de Sá, após uma operação com suposta finalidade eleitoral realizada contra o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, deputado Marcelo Victor.

De acordo com o presidente do partido, senador Renan Calheiros, houve uma “pescaria de provas inexistentes” possivelmente decorrente de ingerência política do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP)  dentro da Polícia Federal.

O pedido do MDB requer investigação sobre os crimes de abuso de autoridade, por investigar sem indício de prática de crime e por divulgar de conteúdo sabidamente inverídico, relembrando que, em maio, a superintendência da PF foi objeto de denúncias públicadas em matéria da Folha de São Paulo, por suspeitas de interferência política.

O presidente do PP em Alagoas, Arthur Lira (PP), faz uso da Polícia Federal contra adversários em Alagoas, como forma de evitar a derrota de seu apoiado, senador Rodrigo Cunha (UB), ainda no primeiro turno. O candidato perdeu a liderança nas pesquisas e não conseguiu mais retornar ao topo, em seguida passou a utilizar de notícias falsas para atacar os adversários.

Abordagem Ilegítima

O pedido de investigação se deve a uma abordagem feita pela PF, nesta sexta-feira (30). “Agentes da Polícia Federal sem mandado de busca e sem qualquer causa provável invadiram o Hotel Ritz Lagoa da Anta, ocasião na qual abordaram de forma premeditada o candidato a Deputado Estadual pelo MDB, Marcelo Victor”, diz o pedido. O presidente da Assembleia Legislativa se encontrava, em público, com três assessores no restaurante de um dos hotéis mais frequentados de Maceió.

“Após a abordagem não foi verificada a prática de compra de voto ou de qualquer outro crime, tanto é assim que não houve prisão ou identificação de qualquer eleitor que teria naquele restaurante o seu voto conspurcado”, reafirma o pedido de investigação, que classifica a abordagem como bizarra.

O MDB relembrou que Arthur Lira ameaçou o TRE na questão da mudança de comando de policiamento, e que a PF vazou informações operação que prenderia o prefeito de Rio Largo (Gilberto Gonçalves), aliado político de Arthur Lira.

Num desses episódios, um dos candidatos apoiados por Arthur Lira, Alfredo Gaspar de Mendonça gravou alegando ter recebido “informações” sobre operações da PF em Alagoas. Na noite de ontem, o mesmo Alfredo “divulgou a notícia falsa de que Marcelo Victor teria sido levado preso para prestar depoimento por suspeita de compra de votos, o que nunca ocorreu”, reforça o pedido do MDB.

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