A “leve reação” da economia foi um dos fatores determinantes para o aumento de 4,3% no faturamento médio das empresas do setor de turismo no terceiro trimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2016. A expansão da receita, assim como a perspectiva de realização de novos investimentos no período de outubro a dezembro, foi verificada nos sete segmentos pesquisados pelo Ministério do Turismo.
Os aumentos mais expressivos ocorreram nos segmentos de parques e atrações turísticas (11,4%), transporte aéreo (11,2%), operadoras de turismo (10,3%) e agências de viagens (9,3%). Resultados que as empresas atribuem ainda à sazonalidade e aos investimentos realizados anteriormente. Em menor escala, com percentuais abaixo de 2%, houve majoração de receita também entre as organizadoras de eventos, meios de hospedagem e nas empresas de turismo receptivo.
“Os dados mostram o vigor do turismo que, mesmo diante da crise vivida pelo Brasil nos últimos anos, conseguiu registrar números positivos”, comentou o ministro do Turismo, Marx Beltrão. Para o último trimestre do ano (out/dez), as perspectivas são otimistas.
Do conjunto de empresas pesquisadas, 66% manifestaram intenção de investir parte do faturamento apurado ainda em 2017. O maior percentual, 15,2%, é projetado pelo segmento de turismo receptivo, seguido dos organizadores de eventos (8,1%), meios de hospedagem (5,2%) e transporte aéreo (4,7%).
Na pesquisa, realizada pela Fundação Getúlio Vargas, as empresas apontaram como fatores limitantes ao crescimento dos negócios os custos operacionais e financeiros além do momento econômico e político ainda desfavorável do país. O Boletim de Desempenho Econômico do Turismo foi produzido com informações de 716 empresas que empregam 79.319 mil pessoas e faturaram R$ 9,2 bilhões no trimestre.