BRASIL – O Ministério Público do Rio de Janeiro ajuíza processo contra suspeitos de corrupção em contratos do Detran.

Diante das recentes irregularidades envolvendo contratos do Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ), o Ministério Público do Estado, por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, ingressou com uma ação civil pública por improbidade administrativa. Estima-se que essas irregularidades tenham causado um prejuízo de cerca de R$ 37 milhões.

De acordo com as investigações do Ministério Público, os contratos em questão foram firmados entre o Detran-RJ e a empresa Montreal Informática, conhecida por seus serviços especializados na área de tecnologia. O problema, segundo o MPRJ, reside no fato de que esses contratos foram realizados de forma emergencial, sem a devida licitação. Mais grave ainda, o Ministério Público afirma que houve desvio de recursos públicos como resultado das condutas de agentes públicos e particulares envolvidos no esquema de fraude à concorrência de licitação.

O Ministério Público argumenta também que as justificativas para a realização desses contratos emergenciais foram baseadas na proximidade do término dos contratos anteriores, enquanto a demora na realização de uma licitação adequada se deu devido à conduta omissiva dos agentes públicos responsáveis.

Entre os envolvidos nesse esquema estão o ex-presidente do Detran-RJ, Vinícius Farah, além dos ex-diretores Alexandre Mattioli, Gabriel Pinton, Márcio Lyra, Mateus Marçal e Pedro Paulo Thompson. Também estão na lista das acusações as ex-assessoras Claudia Gentil e Roberta Bravo, bem como a empresa Montreal Informática.

A Agência Brasil procurou a Montreal Informática e a defesa de todos os citados na ação, a fim de obter esclarecimentos sobre essas acusações. No entanto, até o momento, não obtivemos retorno dessas entidades.

Espera-se que essa ação civil pública movida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro traga à luz todas as irregularidades relacionadas aos contratos do Detran-RJ, permitindo que seja feita justiça e que os responsáveis sejam devidamente punidos. Afinal, desvios de recursos públicos como esses causam um impacto negativo direto na prestação de serviços à população e minam a confiança da sociedade nas instituições governamentais.

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