Essa medida foi tomada depois que os sócios foram convocados pela segunda vez para comparecer à CPI na última quarta-feira e não compareceram. Os irmãos enviaram um ofício através de sua defesa para alegar que não poderiam marcar presença na CPI devido a uma reunião agendada no mesmo horário no Ministério do Turismo. Vale ressaltar que essa não foi a primeira vez que eles faltaram, pois também não compareceram nas audiências realizadas na terça-feira (29). A defesa informou que os empresários estarão disponíveis para comparecer à CPI a partir do dia 4 de setembro.
Os sócios da 123Milhas recorreram ao Supremo Tribunal Federal para evitar o comparecimento à CPI, porém a ministra Cármen Lúcia determinou que eles compareçam ao colegiado, garantindo o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento.
Nessa quarta-feira, a comissão aprovou a convocação de oito testemunhas relacionadas ao caso, entre elas, Cristiane Soares Madureira do Nascimento, sócia da empresa; o gerente de prevenção a fraudes, Roger Duarte Costa; e os sócios de duas empresas relacionadas, Tânia Silva Santos Madureira, da HotMilhas, e Max Gaudereto Oliveira, da MaxMilhas.
A investigação sobre a 123Milhas teve início após a empresa anunciar no último dia 18 a suspensão de pacotes contratados da linha Promo, com embarques previstos entre setembro e dezembro deste ano. A empresa também entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça de Minas Gerais.
É importante ressaltar que as informações sobre esse assunto foram obtidas através da Agência Câmara e se trata de um caso em andamento que ainda requer esclarecimentos tanto por parte dos sócios da 123Milhas como de todas as testemunhas convocadas pela CPI. A condução coercitiva solicitada pelo presidente da comissão demonstra a necessidade de esclarecer os acontecimentos e investigar possíveis irregularidades relacionadas às atividades da empresa.