Desde março, o programa também paga um adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos. Com isso, o valor total do benefício pode chegar a R$ 900 para aqueles que se encaixam nos requisitos para receber ambos os adicionais.
O valor mínimo do Bolsa Família é de R$ 600, mas com os novos adicionais, o valor médio do benefício aumenta para R$ 686,04. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês, o programa alcançou 21,14 milhões de famílias, totalizando um gasto de R$ 14,25 bilhões.
Uma mudança importante implementada a partir de julho foi a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, cerca de 99,7 mil famílias tiveram o benefício cancelado por possuírem renda acima das regras estabelecidas pelo programa. O CNIS conta com um extenso banco de dados que abrange informações relacionadas à renda, vínculos empregatícios e benefícios previdenciários e assistenciais.
Por outro lado, aproximadamente 300 mil novas famílias foram incluídas no programa em agosto. Isso foi possível graças à política de busca ativa, que visa identificar e auxiliar as pessoas mais vulneráveis que têm direito ao benefício, mas que ainda não o recebem. Desde março, mais de 1,6 milhão de famílias passaram a fazer parte do Bolsa Família.
Outro ponto relevante é a regra de proteção, que beneficiou quase 2,1 milhões de famílias em agosto. Essa medida permite que famílias que obtêm emprego e aumentam sua renda recebam 50% do benefício por até dois anos, desde que cada membro da família receba até meio salário mínimo. O valor médio do benefício para essas famílias ficou em R$ 377,42.
Desde o início do ano, o programa voltou a se chamar Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o uso de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos, sendo R$ 70 bilhões destinados ao benefício.
O adicional de R$ 150 começou a ser pago em março após um pente-fino realizado no Cadastro Único, a fim de combater fraudes. Segundo um balanço divulgado em abril, cerca de 3 milhões de pessoas tiveram o benefício cortado devido a inconsistências no cadastro.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento é realizado nos últimos dez dias úteis de cada mês. Os beneficiários têm acesso às datas de pagamento, valor do benefício e detalhes das parcelas por meio do aplicativo Caixa Tem, que é utilizado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
Além disso, o Auxílio Gás também está sendo pago aos beneficiários do Cadastro Único com NIS final 0. O valor foi reduzido para R$ 108 devido às recentes quedas no preço do botijão. Atualmente, 5,63 milhões de famílias estão sendo beneficiadas. A aprovação da Emenda Constitucional da Transição e da medida provisória do Novo Bolsa Família garantiu que o benefício continue correspondendo a 100% do preço médio do botijão de 13 kg até o final do ano.
Para receber o Auxílio Gás, é necessário estar inscrito no Cadastro Único e ter pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa estipula que mulheres responsáveis pela família tenham preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.