O ex-presidente aproveitou a ocasião para abordar a importância dos bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Basa, BNB e BNDES, afirmando que eles devem atuar de forma diferente dos bancos privados. Segundo Lula, essas instituições devem fornecer dinheiro para investimentos e emprestar a juros baixos, pois essa é a sua função fundamental. Ele finalizou afirmando que o presidente do Banco Central precisa entender que ele é o presidente do Banco Central do Brasil e não de outro país, e que é responsável por reduzir as taxas de juros.
Lula também fez questão de lembrar que Roberto Campos Neto foi indicado ao cargo ainda no governo de Jair Bolsonaro e que o Banco Central atua de forma autônoma, sem interferência direta da Presidência da República. Ele ressaltou que não tem contato com o presidente do Banco Central e que qualquer comunicação entre eles deve ser feita com quem o indicou, insinuando que o governo anterior não tomou as melhores decisões para o país.
Os números do Banco Central mostram que as taxas de juros médias praticadas pelos bancos vêm diminuindo nos últimos meses. Houve uma redução gradual nas taxas de juros, tanto para pessoas físicas, quanto para empresas. No entanto, é importante ressaltar que os bancos privados têm autonomia para determinar as taxas de juros de empréstimos e financiamentos, enquanto o governo define as regras para o crédito direcionado.
Enquanto o Banco Central vem reduzindo a taxa básica de juros, a Selic, como forma de controlar a inflação, os juros do crédito rotativo do cartão de crédito continuam altos, chegando a 445,7% ao ano em julho. Essa modalidade de crédito é uma das mais caras do mercado e o Banco Central já estuda uma forma de acabar com ela.
No geral, Lula continuou sua luta pela redução das taxas de juros, criticando o presidente do Banco Central e defendendo a importância dos bancos públicos para impulsionar investimentos no país.