No entanto, é importante ressaltar que em março deste ano, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão contra Putin por crimes de guerra cometidos na Ucrânia. O Brasil é signatário do acordo que criou o tribunal e, portanto, deveria cumprir o mandado caso o presidente russo venha ao país.
Lula declarou que Putin será convidado para comparecer à cúpula e espera que a guerra na Ucrânia tenha acabado até lá. O presidente também afirmou que irá estudar a questão do Tribunal Penal Internacional, questionando por que o Brasil é signatário do acordo enquanto países como Estados Unidos, China, Índia e Rússia não aderiram a ele.
O presidente ressaltou, porém, que a decisão sobre a prisão de Putin caberá à Justiça brasileira, e não ao governo ou ao Parlamento. Lula demonstrou confiança no funcionamento do Poder Judiciário brasileiro, afirmando que o país tem um sistema judiciário que funciona perfeitamente bem.
Além disso, a Declaração de Líderes do G20, documento principal da cúpula, trouxe uma posição sobre conflitos, como a guerra na Ucrânia. Os líderes do G20 manifestaram preocupação com o sofrimento humano causado por guerras e conflitos e afirmaram que o uso da força ou ameaças de aquisição territorial são inadmissíveis.
Lula considerou a assinatura desse documento pela União Europeia como um avanço importante, ressaltando que o caminho para solucionar o conflito entre Rússia e Ucrânia é trabalhar pela paz, de acordo com os documentos e a carta da Organização das Nações Unidas.
O G20, que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, terá o Brasil como país anfitrião na próxima cúpula. A União Africana também se tornou membro permanente durante a cúpula na Índia.
É importante destacar que a entrevista coletiva de Lula aconteceu após o anúncio de que o Brasil receberá a presidência do G20 e organizará o próximo encontro de líderes. Lula aproveitou a ocasião para enfatizar a importância do Brasil como protagonista nas questões globais e expressou sua opinião sobre a participação de Putin na cúpula. No entanto, cabe à Justiça brasileira decidir sobre a prisão do presidente russo, caso ele venha ao país.