O comitê atuará até que a situação seja totalmente normalizada na região, sem um prazo definido. O objetivo é garantir que os serviços de comunicação sejam restabelecidos o mais rápido possível para que as equipes de apoio humanitário possam atuar efetivamente no auxílio à população atingida pelo desastre.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, ressaltou a importência da comunicação nesse momento delicado. Segundo ele, “não iremos descansar enquanto não estiver assegurada a volta à normalidade para a região Sul”. Ele também destacou que a comunicação é um direito que deve ser assegurado a todos, especialmente por meio da internet.
Desde o dia 4 de setembro, o estado do Rio Grande do Sul foi assolado por chuvas intensas e enchentes que afetaram 98 municípios, resultando em 47 mortes e deixando nove pessoas desaparecidas. Segundo a Defesa Civil, cerca de 342.605 pessoas estão necessitando de assistência.
Nos primeiros dias após o desastre, aproximadamente 4.794 pessoas estavam desabrigadas. No entanto, com a chegada da ajuda necessária, esse número já diminuiu para 2.318. O Ministério das Comunicações informou que o sinal de telefonia móvel em 39 cidades foi afetado, mas foi restabelecido nos dias seguintes. Além disso, 13 antenas de conexão banda larga via satélite foram instaladas em algumas cidades da região para melhorar a conectividade durante o processo de reconstrução.
O comitê de crise será coordenado pelo ministro das Comunicações e contará com a participação de outros seis integrantes do ministério, além de representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A equipe terá a responsabilidade de levantar informações e estabelecer prioridades em relação aos danos causados aos sistemas de telecomunicações.
Além disso, o comitê coordenará doações e apoio logístico para atender às necessidades da população atingida pelo ciclone. O ministério já realizou uma primeira reunião emergencial com o setor de telecomunicações e as empresas envolvidas na região. Além das ações emergenciais, como a liberação do roaming e o restabelecimento dos serviços, as operadoras também estão contribuindo com ações humanitárias, como a doação de água, alimentos e roupas.
