Segundo Silvania, a situação já era delicada antes da pandemia, mas se agravou ainda mais depois do aumento do número de sepultamentos em decorrência da Covid-19. Muitas ruas chegaram a ser utilizadas para enterrar as vítimas da doença, tornando a situação ainda mais complicada.
A comissão visitou os locais onde ocorreram o maior número de sepultamentos, incluindo uma antiga rua onde foram sepultadas cerca de 400 pessoas. Durante a visita, os vereadores estiveram acompanhados pelo diretor-presidente da Autarquia de Desenvolvimento Sustentável e Urbano (Alurb), Moarcir Teófilo, e pelo coordenador de cemitérios Tarcísio Palmeira. Eles explicaram que têm sido tomadas algumas medidas para humanizar os ambientes e preservar as áreas de sepultamento.
Além disso, está sendo realizado um amplo levantamento para identificar espaços que possam ser utilizados para novos sepultamentos. Moarcir ressaltou que medidas foram adotadas para garantir a segurança dos familiares que visitam os cemitérios, como a colocação de brita sobre a terra para facilitar a caminhada entre as covas abertas durante a pandemia.
No entanto, de acordo com Moarcir, a situação é complexa e exige investimentos do Executivo. A prefeitura já está discutindo internamente possíveis soluções para o problema, que já persiste há alguns anos. Essa não é a primeira vez que o assunto é discutido no parlamento, mas até agora não houve avanços significativos.
Uma das propostas em análise é conhecer experiências de administração de cemitérios verticais públicos em outros estados, como São Paulo. Os vereadores pretendem fazer uma visita a São Paulo para conhecer de perto o funcionamento desse modelo de cemitério. Siderlane, um dos vereadores presentes na visita, defende a possibilidade de construção de um cemitério vertical no bairro do Benedito Bentes.
A situação dos cemitérios públicos de Maceió é uma questão urgente que precisa ser resolvida o mais rápido possível. A superlotação é um problema que afeta diretamente a população e a falta de espaços para sepultamentos é preocupante. Espera-se que as autoridades municipais encontrem soluções efetivas para garantir a dignidade dos sepultamentos e o conforto das famílias enlutadas.