Durante esse período, toda a produção na sede da Embraer foi paralisada, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. Em uma nota divulgada, o sindicato informou que a paralisação foi encerrada devido à repressão empregada pela empresa contra os trabalhadores que estavam exercendo seu direito legítimo de fazer greve.
A categoria optou por entrar em greve porque rejeitaram a proposta da empresa de reposição da inflação de 4,06% aos salários. Os metalúrgicos reivindicam um aumento acima da inflação e a renovação da convenção coletiva. O sindicato anunciou que realizará outra assembleia ainda hoje, às 15h, na entrada dos funcionários do segundo turno, para discutir a possibilidade de uma nova paralisação.
O diretor do sindicato, Herbert Claros, lamentou a situação e ressaltou que os salários não têm aumento real e os direitos não são renovados há seis anos. Ele destacou que essa é uma situação preocupante para uma empresa do setor de aviação, que recebe dinheiro público e não respeita os direitos dos seus funcionários. Segundo o sindicato, cerca de 9 mil pessoas trabalham na Embraer em São José dos Campos, sendo que 5 mil estão envolvidas na produção.
Em resposta à reportagem, a Embraer informou que a unidade Ozires Silva, em São José dos Campos, está operando normalmente, assim como as demais fábricas da empresa. No entanto, o sindicato dos metalúrgicos questiona essa afirmação e reafirma a insatisfação dos trabalhadores com a postura da empresa.
A paralisação dos metalúrgicos da Embraer reflete a tensão entre os trabalhadores e a empresa, que já dura alguns anos. Os funcionários lutam por melhores condições de trabalho, aumento salarial e respeito aos seus direitos. A greve realizada hoje demonstra a insatisfação e o descontentamento dos trabalhadores com a falta de avanços nas negociações. Agora, resta aguardar os desdobramentos dessa situação e ver se as reivindicações dos metalúrgicos serão atendidas.
