BRASIL – Presidência estuda instalação de laboratório no Palácio da Alvorada para restauração de peças danificadas em invasão.

A Presidência da República está estudando a possibilidade de instalação de um laboratório no Palácio da Alvorada, com o objetivo de restaurar bens danificados durante os atos de invasão das sedes dos Três Poderes, ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro deste ano. O projeto, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (Iphan) e a Universidade Federal do Pelotas, tem como proposta permitir que o público visite a residência oficial da Presidência e observe o trabalho dos técnicos na reparação de peças avariadas.

De acordo com o presidente do Iphan, Leandro Grass, o projeto está em fase final de estudo e será anunciado em breve pela Presidência da República. A intenção é que o Palácio da Alvorada abrigue o processo de restauração de algumas obras de arte danificadas, atendendo ao desejo do ex-presidente Lula e da primeira-dama Janja. Além disso, a iniciativa busca fomentar a visitação aos palácios e promover a educação patrimonial.

O laboratório de restauração seria instalado no subsolo da capela do Palácio da Alvorada e contaria com a presença de restauradores trabalhando por cerca de um ano, permitindo que o público acompanhe o processo de revitalização. Entre as peças que devem passar por restauração no Alvorada, destaca-se a obra “As mulatas”, do renomado pintor brasileiro Di Cavalcanti, que foi danificada durante os atos de vandalismo ocorridos em janeiro.

Além do Palácio da Alvorada, o Palácio do Jaburu, sede da residência oficial da Vice-Presidência da República, também deve ser aberto à visitação pública. O Iphan tem realizado os trabalhos de recuperação dos lambris de madeira do Jaburu, que têm sofrido com umidade do ar ao longo do tempo.

O projeto, além de promover o restabelecimento de peças de valor histórico, também visa aumentar a visitação aos palácios e proporcionar uma experiência de educação patrimonial ao público. A iniciativa busca evidenciar o processo de recuperação do patrimônio e conferir um significado simbólico ainda maior às obras de arte que foram danificadas durante os atos antidemocráticos ocorridos no início do ano.

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