BRASIL – Estudantes brasileiros se preparam para disputar a 15ª Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica no Panamá

Gustavo Mesquita França, um jovem de 17 anos, nascido em Campinas (SP), mas criado em Fortaleza, enfrentará um desafio internacional como parte da equipe brasileira na 15ª Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), que será realizada no Panamá. A competição acontecerá entre os dias 9 e 13 deste mês.

França já possui uma conquista em seu currículo, tendo ganhado uma medalha de ouro na edição do ano passado da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Além dele, outros quatro estudantes representarão o Brasil na OLAA: Davi de Lima Coutinho dos Santos, Hugo Fares Menhem, Larissa Midori Miamura e Mychel Lopes Segrini.

Em entrevista à Agência Brasil, Gustavo França compartilhou que está animado com a oportunidade de representar o seu país, apesar de sentir um pouco de nervosismo. Ele ressaltou que a equipe está bem entrosada, já que todos participaram da seletiva para escolha dos melhores estudantes da OBA. Essa será a primeira participação de França na OLAA, e ele está confiante em seu desempenho.

O coordenador nacional da OBA, o astrônomo João Batista Garcia Canalle, destacou o histórico de sucesso da equipe brasileira na OLAA. Desde 2009, o Brasil conquistou 70 medalhas, sendo a maioria de ouro e prata. Canalle ressaltou a preparação intensiva dos estudantes brasileiros, que têm mais tempo para se preparar em comparação aos competidores de outros países da América Latina e do Caribe.

A seleção dos representantes brasileiros foi feita com base nos medalhistas da OBA de maio de 2022. Após realizar duas baterias de provas online, os melhores estudantes foram convocados para uma fase presencial no Hotel Fazenda Ribeirão, em Barra do Piraí. A partir dessa etapa, foram selecionados os dez melhores estudantes, cinco dos quais foram para a OLAA.

O processo seletivo é rigoroso e inclui treinamento presencial, visitas a instituições de referência na área e atividades práticas. Os estudantes contam com o apoio de veteranos que participaram de edições anteriores das olimpíadas, o que contribui para seu aprimoramento.

João Batista Canalle expressou otimismo em relação à equipe brasileira na OLAA. Ele acredita que o Brasil retornará com cinco medalhas de ouro, devido ao preparo antecipado dos estudantes. Em comparação, Canalle afirmou que a OBA é a maior olimpíada de astronomia do mundo, superando a China, país que possui uma população estudantil de aproximadamente 200 milhões.

A OBA é realizada anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). Já a OLAA foi fundada em Montevidéu, Uruguai, em 2008, e busca popularizar a astronomia e a astronáutica, além de valorizar os talentos escolares mais destacados da América Latina.

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