Corpo de jovem quilombola desaparecido é encontrado em açude na zona rural de Traipu, Alagoas.

O corpo de um jovem quilombola desaparecido foi encontrado em um açude na zona rural do município de Traipu, no interior do Estado, na manhã desta quinta-feira (12). A informação foi divulgada pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL). O corpo foi encontrado boiando no açude, que fica próximo ao quilombo onde o jovem morava.

O caso chamou a atenção desde ontem, quando o jovem desapareceu. O Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID/AL), do MPAL, mobilizou esforços para encontrar o jovem. Segundo relatos do líder comunitário, Manuel Oliveira dos Santos, conhecido como “bié”, o jovem não tinha o costume de se ausentar do convívio familiar. Ele saiu de casa para ir à casa do tio, mas não chegou ao local e não retornou para casa. Ele deixou todos os seus documentos e o celular em casa, o que chamou a atenção da família.

Manuel trabalhava junto com sua família na agricultura e tinha um compromisso com seu cunhado no dia seguinte. Diante do comportamento incomum do jovem, foi montada uma força-tarefa para procurá-lo, envolvendo policiais, bombeiros, equipes hospitalares, peritos e outros profissionais.

A promotora de Justiça Marluce Falcão, coordenadora do PLID, lamentou o desfecho trágico do caso. “Infelizmente, o desaparecimento teve um desfecho triste. Vamos aguardar as investigações para esclarecer as circunstâncias da morte e tomar todas as medidas cabíveis”, afirmou.

O corpo de Manuel Correia Cunha foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exames periciais que possam determinar a causa da morte. As investigações sobre o caso continuam para esclarecer as circunstâncias e identificar possíveis responsáveis.

O desaparecimento e falecimento de jovens quilombolas como Manuel Correia é um reflexo da violência e da falta de segurança que afeta as comunidades tradicionais. A população quilombola enfrenta diversos desafios, desde a falta de acesso a serviços públicos básicos até a discriminação racial, o que aumenta sua vulnerabilidade.

É necessário que as autoridades competentes ajam de forma efetiva para garantir a segurança e o bem-estar dessas comunidades, buscando soluções para os problemas que as afetam. O MPAL continuará acompanhando o caso e buscando justiça para a família de Manuel Correia Cunha.

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