BRASIL – Infantaria israelense realiza primeiros ataques à Faixa de Gaza desde invasão do Hamas; Netanyahu anuncia início de campanha militar de retaliação.

A infantaria israelense lançou seus primeiros ataques à Faixa de Gaza desde que o Hamas invadiu o sul de Israel no fim de semana passado. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a campanha militar de retaliação está apenas começando.

Após os combatentes do grupo militante palestino invadirem cidades e aldeias israelenses, matando principalmente civis e fazendo reféns, Israel prometeu aniquilar o Hamas. Desde então, a Faixa de Gaza, onde vivem 2,3 milhões de palestinos, foi cercada e bombardeada por ataques aéreos intensos. As autoridades de Gaza alegam que 1.900 pessoas morreram.

Nesta sexta-feira, Israel deu um prazo de 24 horas para mais de um milhão de residentes da metade norte de Gaza deixarem a região e escaparem de um ataque iminente. O Hamas, por sua vez, prometeu lutar até a última gota de sangue e orientou os moradores a permanecerem em suas casas.

As tropas israelenses lançaram uma incursão apoiada por tanques, com o objetivo de atacar as equipes de foguetes palestinas e obter informações sobre o paradeiro dos reféns mantidos pelo Hamas. Netanyahu afirmou que estão atacando seus inimigos com uma força sem precedentes e destacou que essa é apenas o começo da campanha.

Um número significativo de habitantes de Gaza começou a se deslocar para o sul, enquanto muitos outros decidiram ficar. Para alguns residentes, sair seria um estigma, preferindo enfrentar a morte do que deixar suas terras. As mesquitas transmitiram mensagens pedindo aos moradores que permaneçam em suas casas e terras.

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o pedido de Israel para que os civis deixassem Gaza seria impossível de ser atendido sem consequências humanitárias devastadoras. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha também argumentou que seria impossível auxiliar um deslocamento tão grande de pessoas enquanto Gaza estiver cercada por forças israelenses.

Os Estados Unidos, apesar de pedir a Israel que protegesse os civis, apoiou publicamente seu aliado, declarando que a retirada em massa seria uma tarefa difícil, mas compreendendo as razões por trás dessa ação. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, expressou preocupação com a repetição dos eventos de 1948, quando centenas de milhares de palestinos fugiram ou foram expulsos do que agora é Israel.

Com Gaza já sendo uma das áreas mais densamente povoadas do mundo, a população está encurralada sem saída. Israel impôs um bloqueio total, e o Egito, que também faz fronteira com o enclave, não demonstrou disposição em abrir suas fronteiras para os moradores em fuga.

Desde o ataque inicial do Hamas, Israel tem respondido com ataques aéreos intensos, levando a um alto número de mortos e desabrigados. As autoridades de Gaza relataram 1.800 pessoas mortas e a ONU informou que 400.000 já foram desabrigadas.

Esses eventos recentes intensificaram o conflito de 75 anos entre Israel e os palestinos. A retaliação israelense contra o Hamas continua em pleno vapor, e espera-se que a situação se agrave nos próximos dias.

Botão Voltar ao topo