Segundo a Secretaria Nacional de Autonomia Econômica do Ministério, a intenção é promover uma reflexão sobre a distribuição das tarefas domésticas, buscando uma equidade na divisão do trabalho entre os gêneros. A ideia é que as lavanderias funcionem como as lojas privadas comuns, onde a cliente ou o cliente deixa a roupa para lavar e busca depois. O serviço será comunitário, com equipe para receber e cuidar das roupas, e tanto homens como mulheres poderão utilizar o espaço.
O projeto-piloto prevê atender até seis entidades federativas que firmarem convênio após a seleção de propostas. O valor mínimo de repasse é de R$ 450 mil e o máximo de R$ 650 mil. Além das atividades formativas, as cidades e estados contratantes deverão dispor dos locais para as lavanderias, fazer a manutenção das unidades, contratar pessoal e fornecer os produtos para lavar as roupas. O Orçamento Geral da União de 2023 previu R$ 2,6 milhões para os convênios das lavanderias. No entanto, o Ministério das Mulheres tem expectativa de lançar um novo edital mais robusto no segundo semestre de 2024.
O edital exige que as cidades e estados candidatos tenham em sua estrutura administrativa um “Organismo de Política para Mulheres” e um conselho estadual, municipal ou distrital da Mulher em funcionamento regular. Além disso, o Ministério das Mulheres publicou um edital para apoiar projetos de organizações da sociedade civil para a formação de mulheres sobre autonomia econômica e cuidado, buscando incentivar redes de multiplicadoras. As propostas devem ser apresentadas até o dia 24 de novembro.
Assim, o financiamento do Ministério das Mulheres busca promover uma reflexão sobre a divisão do trabalho entre homens e mulheres e incentivar a autonomia econômica das mulheres, além de atuar na redução do trabalho doméstico geralmente realizado por elas. Este é mais um passo na promoção da igualdade de gênero e na valorização do trabalho feminino na sociedade.