BRASIL – Câmara Municipal de São Paulo aprova CPI para investigar serviços da Enel Distribuição São Paulo

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na tarde desta quarta-feira a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os serviços prestados pela Enel Distribuição São Paulo, concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica na capital paulista.

De acordo com o texto do requerimento para criação da comissão, a CPI terá prazo de duração de 120 dias, que poderá ser prorrogado, com a finalidade de apurar “a falta de assistência, o serviço deficitário prestado [pela Enel] aos munícipes paulistanos, as constantes interrupções de energia em decorrência da falta de manutenção e poda preventiva da vegetação do porte arbóreo ao redor dos cabos das vias públicas do município”.

Na manhã da votação, a Enel ainda contabilizava mais de 11 mil imóveis na cidade sem energia, desde a tempestade da última sexta-feira (3). A empresa privada havia se comprometido a restabelecer o fornecimento até ontem, o que não ocorreu. O requerimento da CPI foi apresentado pelo vereador João Jorge (PSDB), que justificou a abertura de investigação em razão do prolongado tempo para o restabelecimento da energia e os danos causados aos moradores do município.

O requerimento da CPI ainda cita que a concessionária reduziu seu quadro de pessoal em 36% desde que adquiriu o controle da antiga Eletropaulo em dezembro de 2018, ao mesmo tempo em que as reclamações sobre o serviço prestado dispararam. Além disso, houve atraso no cronograma de investimentos que deveriam ser feitos pela concessionária.

A instalação da CPI está agendada para amanhã, às 13h, na Câmara Municipal de São Paulo, e a comissão terá sete integrantes, sendo presidida pelo vereador João Jorge. A Enel foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre a criação da CPI.

Além disso, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, já há uma CPI criada, em 30 de maio, para apurar “possíveis irregularidades e práticas abusivas cometidas pela Enel na prestação de serviços de fornecimento de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo”.

A comissão investiga, especialmente no período de 2018 até 2023, as quedas de energia, a cobrança irregular de valores, a atuação operacional, o suporte aos consumidores e prefeituras, a execução da tarifa social, a execução dos investimentos e das obras previstas, bem como o estado de conservação da rede de infraestrutura e de distribuição energética.

O diretor-presidente da Enel Distribuição São Paulo, Max Xavier Lins, foi convocado para ser ouvido pela CPI da Alesp na próxima semana.

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