O transplante foi realizado na Santa Casa de Maceió, que é uma unidade credenciada para esse tipo de procedimento desde maio de 2021. A cirurgia foi um verdadeiro sucesso, e Maria Lúcia teve uma recuperação sem intercorrências, culminando em sua alta hospitalar no final de outubro.
A paciente sofria de cirrose hepática, uma condição grave que afeta muitas mulheres. O fígado utilizado no transplante foi captado em Sergipe, demonstrando a importância da cooperação entre os estados para atender às demandas de órgãos para transplantes.
A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, explicou que a captação de órgãos em outros estados é uma prática comum, especialmente quando não há um receptor compatível na região onde o órgão foi doado.
O médico cirurgião Oscar Ferro, coordenador do Serviço de Transplantes de Fígado de Alagoas, destacou que a cirurgia e o pós-operatório da paciente foram bem-sucedidos. Ele ressaltou a importância da doação de órgãos e fez um apelo para que mais pessoas se declarem doadoras, enfatizando os desafios e as recompensas de realizar transplantes tão complexos.
O secretário de Estado de Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, também enfatizou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) com relação aos transplantes de órgãos. Ele ressaltou que o Brasil tem o maior sistema público de transplantes do mundo e que a conscientização sobre a doação de órgãos é fundamental para aumentar o número de transplantes realizados no país.
De acordo com dados da Central de Transplantes de Alagoas, o estado realizou 86 transplantes este ano, incluindo córnea, fígado e rim. Atualmente, há centenas de alagoanos aguardando por transplantes, reforçando a importância da doação de órgãos para salvar vidas. A história de Maria Lúcia da Silva Alves é um lembrete do impacto positivo que um transplante pode ter na vida de uma pessoa e de sua família, e destaca a importância da conscientização sobre a doação de órgãos.