A Enel relatou que os ventos e as descargas atmosféricas causaram “danos severos” à rede em diversos municípios do estado, afetando o fornecimento de energia e deixando residências sem luz por várias horas. Em Saquarema, na Região dos Lagos, por exemplo, a falta de energia durou mais de oito horas.
A situação se agravou quando, na manhã desta terça-feira, algumas localidades ainda não tinham tido o fornecimento de energia restabelecido, resultando em mobilização por parte da população afetada. Em Petrópolis, na Região Serrana, manifestantes bloquearam parcialmente um trecho da BR-040, enquanto a prefeitura local reportou que ainda havia 12 mil imóveis sem energia na segunda-feira.
Os protestos também se espalharam por outros municípios, como São Gonçalo, na região metropolitana, onde os moradores bloquearam vias e a prefeitura entrou com uma ação na Justiça contra a concessionária. Em Maricá e Niterói, também houve registros de manifestações populares e a Procuradoria do Município de Niterói recorreu à Justiça para garantir o restabelecimento de energia em 31 mil residências.
Em resposta às manifestações, a Enel emitiu uma nota informando que, até a manhã desta terça-feira, 97% dos clientes afetados já tinham tido o serviço normalizado, destacando o reforço de equipes em locais mais atingidos para agilizar o processo de restabelecimento da energia. A concessionária também explicou que as operações em andamento são localizadas e, em muitos casos, complexas, exigindo horas de trabalho em cada local afetado.
Por sua vez, a concessionária Light, responsável pelo fornecimento de energia para a capital e mais de 20 municípios do estado, também registrou impactos em seu serviço devido às chuvas do fim de semana. Na Rocinha, moradores chegaram a fechar a autoestrada Lagoa-Barra na semana anterior, devido à falta de energia.
A situação levou as concessionárias Enel e Light a mobilizarem equipes adicionais e a destacarem a complexidade das operações de restabelecimento de energia nos locais afetados. As autoridades locais, por sua vez, demonstraram preocupação com o impacto da interrupção do fornecimento de energia na vida da população e recorreram à Justiça para garantir a normalização do serviço.