A escolha do Campo de Búzios, na Bacia de Santos, para a coleta de dados foi estratégica e durante o ano, é previsto que o mesmo trabalho seja realizado no Campo de Mero. A iniciativa conta com a participação de importantes parceiros, tanto do setor acadêmico quanto do setor privado, o que demonstra o interesse e a importância do projeto para o desenvolvimento do país.
Segundo Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, a iniciativa é mais uma forma de desenvolver conhecimento e capacitação no segmento de energia eólica, que tem um grande potencial no Brasil. Além disso, o projeto também tem como objetivo aprimorar modelos para reduzir os riscos na implantação da tecnologia eólica em regiões de águas profundas.
Joelson Mendes, diretor de Exploração e Produção da Petrobras, ressalta a importância dos projetos eólicos off-shore, considerando o desafio científico e tecnológico que representam, especialmente em regiões como o pré-sal, a cerca de 200 km da costa e em profundidades de até 2 mil metros.
A estação de medição de ventos está instalada no navio-plataforma P-75, e a tecnologia é baseada em um sistema de medições de sensoriamento remoto do tipo Lidar (Light Detection and Ranging). Os dados serão transmitidos diretamente para o Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes) e serão avaliados por um período de 3 anos.
O projeto Ventos de Libra é liderado pela engenheira Cristiane Lodi, em parceria com a professora Adriane Prisco Petry, da UFRGS, e o Consórcio de Libra, que é operado pela Petrobras em parceria com a Shell Brasil, TotalEnergies, CNPC, CNOOC e Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA. Considerando o potencial do Brasil no setor de energia eólica off-shore, a iniciativa representa um passo importante na busca por soluções sustentáveis e na descarbonização das atividades no país.