O deputado federal Rafael Brito (MDB-AL) lançou sérias acusações contra o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), apontando o uso indevido de recursos públicos em eventos políticos na capital alagoana. A prática, segundo Brito, seria equivalente a um “showmício”, proibido no Brasil devido ao impacto desigual que causava nas campanhas eleitorais.
Durante o Massayó Verão, um evento cultural recente em Maceió, o deputado alega que JHC teria utilizado o fundo cultural da cidade para promover sua imagem. Brito destacou a presença de artistas de fora e a ocorrência de manifestações políticas durante os shows, levantando questionamentos sobre o financiamento dessas apresentações.
“Vocês sabem como se chama quando o dinheiro do fundo cultural de uma cidade é usado para promover o seu prefeito? Showmício. Foi isso o que a gente viu aqui em Maceió durante o Massayó Verão que acabou agora”, criticou Rafael Brito.
O deputado apontou ainda que artistas locais estariam enfrentando dificuldades para receber pagamentos por serviços prestados à prefeitura, gerando insatisfação e cobranças públicas. Alega-se que, mesmo diante desses apelos, a gestão municipal não teria efetuado os pagamentos pendentes, sugerindo uma preferência por artistas de fora em detrimento dos talentos locais.
Rafael Brito argumenta que a destinação desigual de recursos revela prioridades questionáveis por parte da prefeitura. Enquanto milhões seriam investidos em escolas de samba de outros estados, a cultura local e áreas essenciais como saúde, educação e mobilidade urbana seriam negligenciadas.
“Não se enganem não, a ideia é essa mesmo, é pagar a quem promove o prefeito nos seus showmícios, e aí a gente vai levando a vida sem saúde, sem educação, com a mobilidade dentro da cidade cada vez pior, mas para pagar beija-flor e pagar artista de fora, para fazer o showmício, para eles dinheiro não falta”, enfatizou Rafael Brito.