O trágico episódio ocorreu do lado de fora do Estádio do Morumbi, na zona sul de São Paulo, onde os policiais usaram munição do tipo “bean bag” contra a multidão. O disparo realizado pelo policial acabou atingindo o torcedor Rafael Garcia, de 32 anos, que veio a falecer. A perícia identificou o autor do disparo que resultou na trágica morte.
A munição “bean bag” é composta por pequenas esferas de metal envolvidas por um pequeno saco de tecido sintético e é disparada por uma espingarda calibre 12 a uma distância mínima recomendada de seis metros. A PM iniciou a utilização desse tipo de projétil em 2021, substituindo as balas de borracha que, segundo a corporação, apresentavam defeitos como desvios na trajetória, aumentando os riscos para as pessoas.
O escritório Oliveira Campanini Advogados Associados, representante do policial indiciado, nega veementemente que o cabo Wesley Dias tenha agido com negligência. Segundo os advogados, o homicídio culposo é configurado por atos de negligência, imprudência ou imperícia no uso do armamento ou no procedimento policial, atos que, segundo a defesa, o cabo Wesley não cometeu em momento algum.
Este caso reacende o debate sobre o uso da força policial e a segurança dos cidadãos durante eventos de grande aglomeração. A conclusão do inquérito militar sobre a responsabilidade do policial pela morte do torcedor Rafael Garcia foi encaminhada ao Poder Judiciário para as devidas providências legais. A sociedade espera agora por desdobramentos e medidas que garantam a efetiva justiça no caso.