No mês passado, foram registrados saques de R$ 352,4 bilhões e depósitos de R$ 332,3 bilhões, resultando em um saldo negativo na poupança. O valor dos rendimentos creditados nas contas de poupança foi de R$ 5,2 bilhões.
Apesar do resultado negativo, o saldo foi menor do que o registrado em janeiro de 2023, quando os saques superaram os depósitos em R$ 33,6 bilhões. Em dezembro de 2023, houve entrada líquida na caderneta de R$ 13,8 bilhões.
No ano de 2023, a caderneta de poupança teve uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões, resultado menor do que os R$ 103,24 bilhões registrados em 2022.
A alta da taxa básica de juros, a Selic, é apontada como um dos fatores que contribui para os saques na poupança, já que ela estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho. Em 2021, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas para segurar a inflação e hoje está em 11,25% ao ano.
Juros menores em outros tipos de investimentos, como títulos públicos, por exemplo, também contribuem para a saída de recursos da poupança.
A retirada líquida da poupança em 2021 foi de R$ 35,49 bilhões, enquanto em 2020 a caderneta registrou captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões, impulsionada pela instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de covid-19 e pelo pagamento do auxílio emergencial, depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.
Os números indicam um cenário de oscilação na caderneta de poupança, influenciado por fatores como a política de juros, instabilidade econômica e programas de auxílio do governo. A tendência de queda no saldo da poupança aponta para a busca por alternativas de investimento mais rentáveis em um contexto de instabilidade econômica.
