Inicialmente, Costa Neto deveria ser apenas alvo dos mandados de busca e apreensão. No entanto, durante as ações, foi flagrado portando ilegalmente uma arma, o que resultou em sua prisão.
A Operação Tempus Veritatis investiga uma organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023. Ao todo, estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de 48 medidas cautelares que incluem a proibição de manter contato com outros investigados, a proibição de sair do país com entrega dos passaportes em 24 horas, e a suspensão do exercício de funções públicas.
O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos alvos da operação. Entre os investigados estão o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil general Walter Souza Braga Netto e o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
A Agência Brasil tentou entrar em contato com o escritório de advocacia responsável pela defesa de Valdemar Costa Neto, porém, não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
Neste contexto, a prisão de Valdemar Costa Neto durante as investigações da Operação Tempus Veritatis coloca em evidência a complexidade das investigações envolvendo altos escalões da política brasileira. Este episódio demonstra a seriedade e a abrangência das investigações, que também atingem personalidades de destaque no governo anterior.
Por enquanto, não foram divulgadas informações sobre os desdobramentos da prisão de Valdemar Costa Neto e nem sobre o andamento das investigações em relação aos demais investigados. No entanto, este episódio certamente terá impacto no cenário político nacional, ampliando o debate sobre a atuação de autoridades e a transparência no exercício do poder no Brasil.