O Reino Unido foi o único membro do conselho que se absteve de votar. Esta foi a terceira vez que os Estados Unidos vetaram uma proposta de cessar-fogo desde o início da ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza em resposta aos ataques terroristas do grupo Hamas em território israelense em 7 de outubro de 2023.
Os ataques do Hamas resultaram na morte de ao menos 1,2 mil pessoas, entre militares e civis de diferentes nacionalidades, incluindo brasileiros, e sequestro de 250 pessoas. Em resposta, a reação militar israelense causou a morte de cerca de 30 mil palestinos e destruiu a infraestrutura local, forçando milhões de habitantes da Faixa de Gaza a abandonarem suas casas.
A embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, justificou o voto contrário afirmando que a resolução proposta prejudicaria as negociações em andamento e não contribuiria para “trazer sossego” à região. Ela defendeu a proposta alternativa norte-americana, que condiciona um cessar-fogo temporário à libertação dos reféns, afirmando que esse acordo criará condições para um cessar-fogo sustentável. Entretanto, a embaixadora não mencionou se há perspectivas concretas de libertação dos reféns por parte do Hamas.
Enquanto a embaixadora destacou as desvantagens da proposta argelina, não abordou as consequências extremas do conflito para a população civil, que tem sofrido com a perda de vidas e destruição de seu ambiente. A posição dos Estados Unidos no Conselho de Segurança tem gerado críticas devido à percepção de falta de imparcialidade e atenção à situação humanitária.
A falta de um acordo que contemple a segurança e bem-estar da população civil na Faixa de Gaza continua a ser uma preocupação central, enquanto as negociações diplomáticas prosseguem em meio à escalada do conflito.