O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, assinou o documento durante um evento em Abu Dhabi, realizado paralelamente à 13ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC). O Brasil foi representado também pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Tatiana Prazeres.
De acordo com um estudo publicado pelo Mdic no ano passado, intitulado “Mulheres no Comércio Exterior – uma análise para o Brasil”, 32,5% dos empregos nas empresas brasileiras que atuam no comércio exterior eram ocupados por mulheres em 2019. No entanto, quando se trata de propriedade de empresas exportadoras, apenas 14% pertenciam a mulheres ou tinham mais liderança feminina do que masculina.
A adesão ao Arranjo Global sobre Comércio e Gênero representa um passo importante para permitir que as mulheres se beneficiem do comércio exterior, seja como trabalhadoras ou empreendedoras. O objetivo é promover o empoderamento feminino e a equidade de gênero por meio da elaboração de políticas públicas e da cooperação internacional.
O acordo, inicialmente assinado em 2020 por Canadá, Chile e Nova Zelândia, também já conta com a adesão de Argentina, Colômbia, Costa Rica, Equador, México e Peru nos últimos anos. A presidência brasileira do G20 tem como uma das prioridades a questão das “Mulheres no Comércio Internacional”, e a redução da desigualdade de gênero no comércio exterior está sendo discutida no Grupo de Trabalho sobre Comércio e Investimentos das 20 maiores economias do mundo.
