BRASIL – MPDFT requisita investigação sobre possível participação obrigatória de policiais em evento religioso na PMDF.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) tomou uma importante medida ao requisitar à Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) a abertura de um procedimento de investigação preliminar para averiguar a possível participação obrigatória de policiais militares em um evento religioso. A Promotoria de Justiça Militar do Distrito Federal recebeu informações de que o comandante do 6º Batalhão da PMDF, tenente-coronel Rodrigo da Silva Abadio, teria ordenado que os policiais sob seu comando comparecessem à Formatura Geral, realizada na sede da Igreja Universal no Centro Comercial Conic, em Brasília.

Diante dessa situação, o Ministério Público solicitou também o afastamento do tenente-coronel Rodrigo da Silva Abadio do comando do 6º Batalhão de Polícia Militar e sua transferência para outra unidade até que as investigações sejam concluídas. Vale ressaltar que o 6º Batalhão é responsável pela segurança da Esplanada dos Ministérios e região próxima.

Segundo informações divulgadas em uma reportagem do site ICL Notícias, a convocação dos policiais para o evento religioso teria sido feita em um grupo de WhatsApp, com a instrução de que a presença deles era obrigatória. Além disso, a PMDF teria disponibilizado transporte oficial saindo da sede do batalhão.

A PMDF se manifestou por meio de uma nota pública, explicando que a cerimônia teve como objetivo homenagear policiais destaque e transmitir orientações do novo comandante. A escolha da igreja evangélica como local para o evento foi justificada pela disponibilidade de espaço para acomodar todo o efetivo, uma vez que o antigo local, o Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados, está em reforma.

A corporação também destacou que momentos ecumênicos são habituais nas Formaturas Gerais da PMDF e que o objetivo da ação foi proporcionar um ambiente mais confortável para os policiais, visando preservar sua saúde mental diante das exigências da profissão. As investigações em curso apontam para possíveis infrações como peculato, prevaricação e improbidade administrativa, entre outras.

Diante desse cenário, é essencial que as autoridades competentes realizem uma investigação aprofundada e transparente, a fim de esclarecer os fatos e garantir a integridade das instituições envolvidas. A conduta dos policiais e dos responsáveis pela convocação para o evento religioso precisa ser analisada com rigor, a fim de assegurar o respeito às normas e princípios que regem o serviço público e a atuação das forças de segurança.

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