Entre as publicações polêmicas, feitas no início deste ano, estão frases como “Judeus canalhas!”, “Judeus sionistas genocidas!”, “E também sou antissemita. E daí?” e “Está na hora do olho por olho, dente por dente e fazer assassinatos seletivos de judeus sionistas”. Tais declarações levam a presidente da Academia Friburguense de Letras a responder por crimes resultantes de discriminação e preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, passíveis de punição com pena de prisão de 1 a 3 anos, além de multa, de acordo com a legislação.
Maria Janaína Botelho Corrêa se pronunciou através de uma nota enviada à Agência Brasil, alegando que houve erros de digitação em suas postagens, que teriam alterado o real significado de suas mensagens. Ela afirmou que sua intenção era criticar o sionismo e a extrema-direita que governa Israel, e não o povo judeu em si. A presidente destacou sua posição crítica em relação ao sionismo como corrente política-ideológica, esclarecendo que não endossa nenhum tipo de violência, mesmo em situações de conflito.
A polêmica em torno de Maria Janaína Botelho Corrêa coloca em xeque sua atuação como presidente da Academia Friburguense de Letras, uma instituição respeitada da qual ela é mandatária há dois mandatos consecutivos. As acusações de racismo e intolerância religiosa lançam dúvidas sobre a conduta da presidente, especialmente no que diz respeito ao seu papel frente a uma entidade cultural de renome na região de Nova Friburgo. A Justiça ainda irá se pronunciar sobre o caso, mas as repercussões já são evidentes no cenário acadêmico e cultural da cidade.
