BRASIL – Governo envia projeto de lei com urgência constitucional para criação de nova versão do Programa Perse e redução da Previdência Social.

Na manhã desta terça-feira (5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo concordou em enviar um projeto de lei com urgência constitucional para criar uma nova versão do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), após resistência de alguns parlamentares. Além disso, o projeto também tratará da alíquota menor da Previdência Social paga por pequenos municípios.

A decisão de enviar o projeto ocorreu após uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e líderes partidários da Casa. O encontro, que estava inicialmente previsto para fevereiro, foi adiado devido à falta de acordo com a base aliada e à realização da reunião de ministros do G20 no Brasil na semana passada.

O ministro Haddad destacou que a Medida Provisória 1.202, editada em dezembro passado, não sofrerá alterações, com exceção da retirada da reoneração gradual da folha de pagamento para 17 setores da economia. Em relação ao Perse, o novo projeto de lei será uma versão mais focada do programa, ao invés de propor sua extinção gradual como na MP.

A urgência constitucional do projeto de lei exige que ele seja avaliado pelo Congresso em até 45 dias e votado na segunda quinzena de abril, enquanto a MP 1.202 tem validade até maio. O ministro não estimou o impacto das medidas sobre os cofres públicos, afirmando que o governo precisa remodelar os projetos para determinar suas consequências financeiras.

Durante a reunião, Haddad apresentou dados da Receita Federal sobre o impacto do Perse, destacando que as 11 mil empresas atendidas pelo programa para auxiliar o setor de eventos afetado pela pandemia da Covid-19 tiveram um faturamento maior em 2022 do que em 2019, antes da pandemia. Contudo, o ministro se comprometeu a realizar um estudo para identificar os segmentos dentro do setor de eventos que ainda não se recuperaram e necessitam de apoio adicional.

Botão Voltar ao topo