Essa projeção foi apresentada durante a análise trimestral realizada pelo Ipea e manteve a expectativa anunciada em dezembro do ano passado. No entanto, houve uma modificação no comportamento inflacionário esperado para o período.
Segundo os pesquisadores do Ipea, Maria Andréia Parente Lameiras e Marcelo Lima de Moraes, a pressão dos preços dos alimentos foi mais intensa no início do ano. Em contrapartida, houve um alívio no setor de serviços de educação em fevereiro, o que gerou uma redução nas previsões de alta do grupo de serviços livres.
Apesar da projeção otimista, os pesquisadores do Ipea alertam para possíveis fatores internacionais que podem influenciar a inflação no país, como o crescimento econômico no exterior e o fim de conflitos armados que afetam as cadeias de suprimentos.
O estudo do Ipea também aponta para um processo de desinflação na economia brasileira, com a inflação acumulada em 12 meses recuando pelo quinto mês consecutivo em fevereiro, atingindo a taxa de 4,5%. No ano passado, o IPCA encerrou em 4,62%.
Além disso, o Ipea projetou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para 2024 em 3,8%. Essa estimativa, assim como a projeção do IPCA, está alinhada com a meta estabelecida pelo Banco Central.
A projeção positiva da inflação em 2024 é um dos fatores que contribuem para a redução da taxa básica de juros da economia, a Selic. A queda da Selic tem como reflexo o estímulo ao crescimento econômico, geração de emprego e renda.
Dessa forma, a análise do Ipea aponta perspectivas favoráveis para a economia brasileira em relação à inflação e ao crescimento econômico, alinhadas com as políticas adotadas pelo Banco Central.