O presidente Lula ressaltou a importância do passo dado pela candidata que foi proibida pela Justiça de indicar uma sucessora, porém demonstrou perplexidade com a proibição do registro da nova candidata, que não foi impedida judicialmente. Segundo ele, a situação de não poder registrar a sucessora devido a problemas técnicos no sistema é preocupante e carece de justificativa jurídica ou política.
Inicialmente, a Plataforma Unitária Democrática (PUD) planejava registrar Corina Yoris como substituta de Maria Corina Machado, que foi condenada pela Justiça e proibida de ocupar cargos públicos por 15 anos. Lula comparou esse impedimento a situações do Brasil, recordando que em 2018 ele próprio foi proibido de concorrer devido a condenações da Operação Lava Jato, as quais foram posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente brasileiro também expressou sua preocupação com o processo eleitoral na Venezuela, destacando a importância da democracia no país vizinho. Ele afirmou ter conversado com o presidente Nicolás Maduro sobre a necessidade de garantir eleições mais democráticas para que a Venezuela possa se reintegrar ao cenário internacional de forma pacífica.
Macron, por sua vez, reforçou as palavras de Lula e condenou o impedimento da candidatura opositora na Venezuela. Ele apelou por esforços conjuntos para garantir a participação de todos os candidatos nas eleições, com a presença de observadores regionais e internacionais. O presidente francês ressaltou a gravidade da situação e a necessidade de reconstruir um novo marco para as eleições venezuelanas nos próximos meses.
A manifestação conjunta dos presidentes Lula e Macron demonstra a preocupação internacional com o cenário eleitoral na Venezuela e a importância de garantir a participação democrática de todos os candidatos no processo eleitoral.