Desde a sua criação, o Fundo Clima já possui uma carteira de contratos em vigor que totaliza R$ 2,5 bilhões. No entanto, nos últimos quatro anos, o fundo enfrentou um período de estagnação, conforme informado pelo governo.
Durante uma entrevista coletiva após um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ressaltou a importância da injeção desse montante de recursos no processo de mudança da matriz energética, agricultura e outras agendas relevantes. Ela também destacou que a taxa de juros para projetos na área de energia solar e eólica será de 8% ao ano, enquanto a taxa para restauro de florestas será de apenas 1% ao ano. Projetos relacionados à compra de ônibus elétricos, obras de resiliência para adaptação climática das cidades e outros terão uma taxa de juros de 6,15% ao ano.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, confirmou que as taxas oferecidas serão competitivas, equivalentes às de um país com grau de investimento captando recursos em dólar, porém sem risco de câmbio devido a garantias do Fundo. A demanda por esses recursos é alta e a liberação será feita de forma rápida.
A carteira de R$ 10,4 bilhões foi viabilizada por meio de uma emissão de títulos públicos sustentáveis no mercado internacional, realizada pelo governo no ano passado, que rendeu mais de US$ 2 bilhões.
O Fundo Clima tem como objetivo financiar projetos e empreendimentos focados na redução de emissões de gases de efeito estufa e na adaptação aos impactos das mudanças climáticas. Recursos nas modalidades reembolsável, operados pelo BNDES, e não reembolsável, sob responsabilidade do MMA, são disponibilizados para áreas como desenvolvimento urbano sustentável, indústria verde, transporte verde, transição energética, preservação de florestas e recursos hídricos, e inovação verde. É um passo fundamental para a promoção de práticas sustentáveis e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.