A investigação teve início a partir de informações obtidas pela Receita Federal, que levaram a Delegacia de Repressão a Crimes contra Patrimônio e ao Tráfico de Armas da Superintendência da PF no Rio de Janeiro a identificar um grupo que importava armas de forma irregular.
Segundo a PF, autoridades policiais dos Estados Unidos apreenderam uma quantidade expressiva de material bélico em Miami, que estava sendo enviada clandestinamente ao Brasil. Dentre os itens apreendidos estavam 261 carregadores de alta capacidade e 88 acessórios de conversão de armas de fogo, conhecidos como Kit Roni.
As investigações também revelaram que a quadrilha contratou uma empresa do ramo de efeitos cinematográficos para armazenar os armamentos de forma clandestina, sob o pretexto de serem materiais de efeito não lesivo destinados a shows pirotécnicos.
Nesta operação, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços residenciais dos suspeitos no Rio de Janeiro, Curitiba e Maringá, no Paraná. Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico internacional, comércio clandestino de armas de fogo, acessórios e associação criminosa, podendo receber pena de até 31 anos de reclusão, caso sejam condenados.
Intitulada Ficção ou Realidade, a operação busca desvendar a influência e dissimulação praticada pela empresa de efeitos cinematográficos no tráfico e comércio clandestino de armas de fogo. A PF alerta para a gravidade dos crimes investigados e reforça o compromisso em combater atividades ilícitas que colocam em risco a segurança pública.