Indicativo de greve na Uneal gera críticas na Assembleia Legislativa por falta de professores e técnicos, afirma deputado Cabo Bebeto.

Na última quarta-feira, 10 de março, a possibilidade de greve dos servidores da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) foi tema de discussão durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa. O deputado Cabo Bebeto (PL) trouxe à tona as demandas da instituição de ensino, clamando por um concurso público para resolver os problemas enfrentados, principalmente a carência de professores e técnicos.

Segundo Bebeto, a Uneal está passando por uma das maiores crises de sua história, com falta de profissionais qualificados para lecionar os cursos oferecidos. O parlamentar relatou que recebeu uma comissão de alunos do curso de Direito, os quais apontaram a falta de docentes na faculdade. Mesmo com professores voluntários atuando para cobrir essa lacuna, o Ministério Público Estadual recomendou que a situação fosse regularizada, o que não ocorreu e resultou na saída dos voluntários, prejudicando os estudantes.

Além da falta de professores, Bebeto destacou as reclamações dos alunos em relação à assistência estudantil, restaurantes universitários e internet precária na Uneal. O deputado enfatizou que, apesar das demandas por concurso público, o Governo do Estado não tem promovido a realização do certame, agravando a situação da universidade.

O parlamentar também citou a preocupante situação da educação em Alagoas, baseando-se em dados recentes do IBGE que apontam mais de 360 mil analfabetos e 255 mil jovens que não estudam nem trabalham no estado. Em relação ao analfabetismo, Alagoas tem a maior taxa do país, apesar de uma leve redução nos últimos anos. Bebeto ressaltou que ainda há relatos de falta de professores nas escolas públicas, mesmo após o início das aulas em fevereiro.

Diante desse cenário alarmante, a Uneal e a educação em Alagoas clamam por medidas urgentes para garantir o acesso e a qualidade do ensino para seus estudantes. A espera por soluções efetivas persiste, enquanto os desafios na área educacional se acumulam e impactam negativamente a formação dos jovens alagoanos.

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