Segundo o sociólogo e coordenador da campanha, Hércules Laino, Edson não era necessariamente um jovem político, mas sim alguém lutando por melhores condições de alimentação e sofreu repressão policial. Por não ter título de eleitor e por ter sido morto antes do retorno das eleições diretas para presidente somente em 1989, a escolha do nome de Edson para a homenagem simboliza a importância de participar do processo democrático.
A campanha busca sensibilizar a juventude atual sobre a fragilidade da democracia, especialmente diante dos ataques à democracia realizados pela extrema direita em todo o mundo. Em um contexto onde governantes conservadores flertam com o autoritarismo, é essencial reforçar a importância de votar e fortalecer a democracia.
Nos próximos dias, o título de Edson Luís deve circular por outros locais da capital paulista frequentados por jovens, visando incentivar a participação política, explicar o processo para tirar o título de eleitor e conscientizar sobre a obrigatoriedade da biometria. A campanha é promovida pelo Instituto Lamparina, labExperimental, Girl Up, Quid, Avaaz, Em Movimento e Politize.
De acordo com os organizadores, no Brasil, 5,7 milhões de jovens de 16 a 18 anos estão aptos a votar, e para tirar o título pela primeira vez, é necessário comparecer a um Cartório Eleitoral com documento oficial com foto, comprovante de residência e, para homens que completam 19 anos, o comprovante de quitação militar.
A iniciativa busca mobilizar a sociedade em prol da participação política dos jovens e fortalecer os pilares da democracia, destacando a importância do voto como instrumento de mudança e garantia dos direitos civis.