Segundo o diretor do escritório da RSF para a América Latina, Artur Romeu, a pressão exercida sobre a imprensa durante o governo de Jair Bolsonaro impactou negativamente a liberdade de expressão, mas após o término desse mandato, houve uma retomada da estabilidade. O Brasil apresentou um acréscimo mínimo na pontuação, porém outros países caíram ainda mais, permitindo a ascensão do Brasil no ranking.
Romeu ressalta que o contexto político e social de cada país é refletido no ranking, que considera diversos indicadores para avaliar as pressões sobre a liberdade de imprensa. Ele destaca a importância do documento como referência internacional e enfatiza que a evolução do Brasil nesse ranking é um sinal de estabilidade, mas não necessariamente de progresso significativo.
O Brasil ainda enfrenta desafios relacionados à concentração midiática e à vulnerabilidade econômica do setor, que favorecem a pressão de agentes externos sobre a imprensa. Além disso, a insegurança dos jornalistas diante da violência e da desinformação são questões que afetam a integridade informativa no país.
A nível global, países como os Estados Unidos também apresentaram quedas significativas no ranking, refletindo um cenário de polarização política que ameaça a liberdade de imprensa em diversos lugares do mundo. Ainda assim, a luta pela liberdade de expressão continuará sendo um desafio em muitas nações que ainda não garantem um ambiente propício para o trabalho jornalístico.
No panorama geral, a conquista do Brasil nesse ranking é um passo importante para a consolidação da liberdade de imprensa no país, mas ainda há muito a ser feito para garantir um ambiente seguro e favorável para os jornalistas e meios de comunicação.