Durante a operação, além da prisão dos acusados, foram realizadas medidas cautelares como busca e apreensão. Na residência do líder da organização criminosa, foram encontrados não apenas documentos e aparelhos eletrônicos, mas também veículos de luxo como uma Porsche Carrera 911 e duas Land Rovers. Os promotores de Justiça envolvidos na investigação destacaram que a cooperativa utilizada pelo grupo desviava dinheiro público que deveria ser destinado ao pagamento de cooperados, mas era desviado para contas de empresas de fachada.
A denúncia do Ministério Público aponta que o casal dono da cooperativa era responsável pelos desvios mais significativos de recursos públicos, levando a um padrão de vida luxuoso a partir de 2019, ano em que a empresa foi constituída. Além disso, outros dois acusados, de acordo com a investigação, agiam como testas de ferro e operadores financeiros, destinando grandes quantias de dinheiro à chefia do grupo criminoso e realizando saques para investimentos no mercado financeiro e pagamento de propinas a agentes públicos.
Os promotores responsáveis pelo caso pediram a condenação dos acusados por crimes como peculato, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e organização criminosa. O Ministério Público ressaltou que a investigação está em andamento para apurar os pagamentos de propina feitos aos agentes públicos envolvidos no esquema de corrupção que assolou diversas prefeituras alagoanas.