As vítimas são dois homens, de 56 e 50 anos, moradores de Cachoeirinha e Porto Alegre. Os óbitos ocorreram em maio e foram confirmados após análise de amostras realizada pelo Laboratório Central do estado. Além dessas mortes, outros dois casos fatais foram registrados em Venâncio Aires e Travesseiro, e há quatro óbitos em investigação em outras cidades, como Encantado, Sapucaia, Viamão e Tramandaí.
A leptospirose é uma doença aguda, febril e infecciosa, cujos sintomas geralmente aparecem de cinco a 14 dias após a contaminação. A exposição à água contaminada durante enchentes aumenta o risco de infecção, motivo pelo qual a população deve ficar atenta aos sinais da doença, como febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo e calafrios.
O tratamento com antibióticos deve ser iniciado imediatamente ao suspeitar da doença, e é fundamental procurar ajuda médica logo nos primeiros sintomas. A automedicação não é recomendada, e em casos graves, a hospitalização é necessária para evitar complicações e reduzir a letalidade.
Para prevenir a leptospirose, a limpeza correta do ambiente é essencial. Utilizar água sanitária para desinfetar áreas afetadas pela água da chuva, manter alimentos guardados de forma segura e eliminar locais propícios para a proliferação de roedores são medidas fundamentais.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde está monitorando as doenças relacionadas às enchentes, com 1.140 casos notificados de leptospirose até o momento, sendo 54 confirmados. Além disso, casos de tétano acidental, administração de esquema antirrábico e acidentes com animais peçonhentos também estão sendo acompanhados.
Diante desse cenário preocupante, a população e as autoridades de saúde devem manter-se vigilantes e atentas às medidas preventivas e de tratamento para evitar mais mortes e complicações causadas pela leptospirose. A conscientização e ação rápida são fundamentais para enfrentar essa situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul.