O processo de cadastro é apenas a primeira etapa para que o pagamento do benefício seja efetuado. A morosidade nessa etapa tem retardado o início do processo de conferência dos dados dos beneficiários pelo governo federal, que será feito pela Dataprev, vinculada ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
O primeiro lote de cadastros priorizou famílias desabrigadas e desalojadas devido às fortes chuvas que resultaram na cheia do Guaíba no início de maio. Em um segundo momento, o foco será nas famílias cadastradas no sistema conhecido como Registro Unificado de Pessoas e Famílias, criado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Porto Alegre.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Desenvolvimento Social foi procurada para comentar sobre a demora no envio dos dados das famílias porto-alegrenses, mas não deu justificativas. Até o momento, 40,7 mil famílias foram cadastradas na plataforma virtual criada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
Diferentemente de outros municípios que agilizaram o processo de envio de dados, Porto Alegre ainda não teve nenhuma família contemplada no primeiro lote de pagamento do Auxílio Reconstrução. A demora tem sido um obstáculo para que as famílias da capital gaúcha recebam o auxílio.
O governo federal informou que começou a fase de confirmação dos dados das famílias habilitadas para receber o auxílio, que contempla famílias de 15 municípios gaúchos. No entanto, devido à demora no envio de dados, nenhum morador de Porto Alegre está incluído nesse primeiro lote de pagamento.
Até o momento, 44.592 famílias tiveram o pagamento autorizado após a checagem dos cadastros enviados pelas prefeituras. Após a confirmação da veracidade das informações, as famílias poderão receber o benefício através do site do Auxílio Reconstrução, onde o responsável pela família deverá assinar a solicitação para que o valor seja liberado em até 48 horas pela Caixa Econômica Federal.