De acordo com informações divulgadas pelo Centro Estadual de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual da Saúde, outras 12 mortes suspeitas estão sob investigação. Desde o início das enchentes, foram notificados um total de 2.548 casos de leptospirose, dos quais 148 foram confirmados – o que representa uma taxa de 5,8%.
A leptospirose é uma doença bacteriana aguda transmitida pelo contato direto ou indireto com a urina de animais infectados, especialmente ratos. A água contaminada ou lama proveniente das enchentes aumenta consideravelmente a disseminação da doença entre a população. Os sintomas podem surgir entre cinco e 30 dias após a contaminação, incluindo febre, dor de cabeça, fraqueza, dores musculares, calafrios, entre outros.
A Secretaria Estadual da Saúde está alertando a população para os sintomas que demandam atenção imediata, como tosse, falta de ar, alterações urinárias, icterícia e arritmias, entre outros. Medidas preventivas também estão sendo divulgadas, incluindo evitar o contato com água de enchentes, usar proteção adequada em caso de exposição e buscar atendimento médico ao apresentar sintomas.
Além disso, foram disponibilizados comunicados de risco e guias de consulta rápida para profissionais de saúde e gestores, visando orientar sobre as medidas necessárias diante do surto de leptospirose e outros agravos potencializados pelas enchentes, como tétano, hepatite A e acidentes com animais peçonhentos. A população em geral também recebeu orientações sobre cuidados com a saúde e prevenção de doenças em situações de alagamento.
Diante do cenário preocupante, a Secretaria Estadual da Saúde reforça a importância da prevenção, do tratamento precoce e da atenção aos sintomas, visando evitar novas tragédias decorrentes das enchentes e da disseminação de doenças infecciosas.