Durante o período, foram aplicados R$ 362,5 bilhões na poupança, enquanto os saques totalizaram R$ 354,3 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas somaram R$ 5,2 bilhões, resultando em um saldo final de R$ 993,3 bilhões na caderneta de poupança.
Comparado com meses anteriores, o resultado positivo de maio contrasta com o registrado em abril, janeiro e fevereiro de 2024, quando houve mais saques do que depósitos. Já em março do mesmo ano, houve um resultado positivo, com um aumento de R$ 1,3 bilhões nos depósitos.
Em relação ao ano de 2023, a caderneta de poupança enfrentou um cenário desafiador, com uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões. No entanto, esse número foi menor do que em 2022, quando a fuga líquida atingiu o recorde de R$ 103,24 bilhões, em meio a um contexto de inflação e endividamento altos.
Um dos motivos que podem explicar os saques na poupança é a manutenção da Selic em patamares elevados, o que estimula os investidores a procurarem aplicações com melhor desempenho. Após um ciclo de 12 aumentos consecutivos, a taxa básica de juros se manteve em 13,75% ao ano por sete vezes, até começar a ser reduzida em 2023. Atualmente, a Selic está em 10,5% ao ano.
O ano de 2020 foi marcado por um recorde de captação líquida na poupança, de R$ 166,31 bilhões, impulsionado pela instabilidade no mercado financeiro no início da pandemia de covid-19 e pelo pagamento do auxílio emergencial. No entanto, em 2021 e 2023, foram registradas saídas líquidas da poupança, refletindo o contexto econômico desafiador em que o país se encontrava.