De acordo com os registros israelenses, a guerra teve início em 7 de outubro, quando militantes liderados pelo Hamas mataram 1,2 mil israelenses e fizeram mais de 250 reféns. Em represália, a retaliação militar de Israel resultou na morte de mais de 37 mil palestinos, deslocou grande parte da população de Gaza, causou fome generalizada e devastou moradias e infraestrutura.
Israel classificou as conclusões do inquérito como fruto de um viés anti-Israel, enquanto o Hamas não se manifestou imediatamente. O esforço de mediadores internacionais para um cessar-fogo e a libertação de reféns tem sido constante, com propostas de acordos sendo debatidas entre as partes.
No entanto, a situação se agrava com a intensificação do conflito na fronteira entre Líbano e Israel, com a milícia Hezbollah lançando foguetes em resposta a um ataque israelense que resultou na morte de um comandante de campo.
Os relatórios da ONU expuseram que ambos os lados cometeram crimes de guerra, incluindo tortura, assassinato, ultraje à dignidade e tratamento desumano. Além disso, foi afirmado que Israel utilizou métodos de guerra desumanos, como impedir o fornecimento de suprimentos essenciais à população de Gaza.
As conclusões do inquérito da ONU não apenas expõem a brutalidade dos conflitos em Gaza, mas também levantam a possibilidade de processos de crimes de guerra no Tribunal Penal Internacional, com mandados de prisão sendo solicitados para líderes israelenses e do Hamas envolvidos nos supostos crimes.
Estamos diante de uma situação devastadora, onde a vida de civis inocentes está em jogo e os esforços diplomáticos parecem ser a única saída para evitar uma escalada do conflito e uma guerra regional ampla.
Por Daphne Psaledakis, Enas Alashray, Andrew Mills, Idrees Ali e Phil Stewart.