O principal propósito da oficina foi debater quais ações e medidas as Unidades de Saúde podem adotar para aprimorar o controle e o tratamento da hanseníase. Durante o encontro, foram apresentados os indicadores referentes ao fechamento do ano de 2023 por cada Unidade de Saúde, bem como os dados parciais do ano em curso, 2024. Cada unidade teve a oportunidade de avaliar o seu desempenho em relação aos indicadores acordados.
Andrea Silva, técnica do Programa de Controle da Hanseníase de Maceió, destacou a importância do evento e dos indicadores discutidos. Entre os principais pontos abordados, estão a proporção de cura da hanseníase estabelecida no Plano Municipal de Saúde (PMS), a avaliação dos contatos intradomiciliares e outros indicadores previstos em programas de incentivo à vigilância em saúde. Andrea ressaltou que o alcance desses indicadores é fundamental para evidenciar a efetividade dos serviços e contribuir para a redução da transmissão da doença.
Durante a oficina, também foi enfatizada a relevância da avaliação dos contatos, já que a hanseníase é uma doença de transmissão direta e os contatos próximos tendem a ser mais suscetíveis ao contágio. Atualmente, a avaliação de contatos encontra-se em 39,7%, um valor bastante abaixo da meta estabelecida em 90%. Esse baixo índice preocupa, pois a avaliação adequada dos contatos é essencial para interromper a cadeia de transmissão do patógeno.
Outra questão discutida na oficina foi a importância de realizar exames nos contatos dos pacientes diagnosticados, além de buscar ativamente os pacientes faltosos ao tratamento, visando atingir um índice de cura mais elevado. A meta estabelecida é alcançar uma taxa de cura de 90%, sendo que o último índice registrado, em 2023, foi de 88,6%.
A SMS reforçou o compromisso de monitorar e avaliar periodicamente os indicadores de hanseníase, a fim de assegurar a eficácia do programa e a saúde da população. As Unidades de Saúde foram encorajadas a manter o foco nos exames de contato e na busca ativa de pacientes faltosos, visando melhorar os resultados nos próximos anos.
Em resumo, a Oficina de Avaliação de Indicadores de Hanseníase foi um momento importante para a reflexão e a busca de estratégias que possam contribuir para o aprimoramento do controle da doença em Maceió. A troca de experiências e o compartilhamento de boas práticas entre as unidades participantes certamente contribuirão para um combate mais eficaz da hanseníase na capital alagoana.