Essa nova norma prevê a implementação de mecanismos sustentáveis de gestão das águas pluviais, visando reduzir a sobrecarga dos sistemas tradicionais de drenagem e garantir mais autossuficiência hídrica ao município. A ideia é que o aumento do volume de águas pluviais naturalmente filtradas possa contribuir para o reabastecimento das águas subterrâneas, trazendo benefícios tanto ambientais quanto para a população local.
Uma das medidas que serão adotadas é a criação de pequenos jardins de chuva, que consistem em áreas plantadas com vegetação adaptada para resistir aos alagamentos. O vereador William Siri, autor do projeto, defende que o modelo de “Cidade Esponja” traz resultados superiores em comparação com a gestão convencional das águas pluviais. Ele destaca que, além de reduzir o risco de inundação, tais práticas também melhoram a qualidade da água, ampliam sua disponibilidade e ajudam a mitigar os efeitos das ilhas de calor.
Entretanto, houve um veto por parte do prefeito Paes em relação à implementação de bueiros ecológicos, com o intuito de evitar que o lixo das ruas acabe entrando nas galerias pluviais subterrâneas. Esse veto levou o projeto de volta para análise na Câmara dos Vereadores do Rio, mostrando que ainda existem desafios a serem enfrentados antes que a implementação plena do conceito de “cidade esponja” seja alcançada na cidade maravilhosa.