Durante o julgamento, Espíndola afirmou que as “mulheres estão loucas atrás dos homens” e criticou o que chamou de “discurso feminista desatualizado”. Essas declarações foram consideradas inapropriadas e estão sendo investigadas pelo CNJ, que ressaltou a recorrência de situações envolvendo a revitimização de mulheres e o tratamento jocoso em relação às questões de gênero no Judiciário.
O desembargador se defendeu das acusações, alegando que suas palavras não tinham a intenção de menosprezar as mulheres e que sempre defendeu a igualdade de gênero em sua vida pessoal e em suas decisões judiciais. Espíndola lamentou o ocorrido e se solidarizou com aqueles que se sentiram ofendidos com a divulgação parcial do vídeo da sessão.
A abertura da reclamação disciplinar é um procedimento prévio que antecede a possível instauração de um processo disciplinar contra o magistrado. O corregedor Salomão ressaltou a importância de averiguar a conduta de Espíndola e destacou a necessidade de garantir o respeito aos direitos das mulheres, incluindo as prerrogativas das advogadas.
Essa situação reacende o debate sobre a igualdade de gênero no judiciário e a importância de combater discursos e atitudes que possam ser prejudiciais para as mulheres. O desdobramento dessa investigação será acompanhado de perto para garantir a transparência e a justiça no processo disciplinar contra o desembargador Luis Cesar de Paula Espíndola.