ALAGOAS – “Estudo revela: palhaços de hospitais brasileiros podem reproduzir comportamentos racistas de palhaços estrangeiros, alerta pesquisadora da Uncisal”

Uma pesquisa realizada por Maria Rosa Silva, professora da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), ganhou destaque no Jornal da USP. O estudo aborda a atuação dos palhaços de hospitais brasileiros, questionando a reprodução de comportamentos de palhaços estrangeiros, permeados por racismo e xenofobia velados.

A pesquisadora, que também é palhaça voluntária do grupo Sorriso de Plantão, atua em hospitais públicos há mais de 20 anos, principalmente em Maceió. No Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador, a relevância do estudo foi ressaltada, chamando atenção para a necessidade de rever as práticas dos palhaços de hospitais no Brasil.

Segundo Maria Rosa, os palhaços brasileiros podem estar reproduzindo preconceitos étnicos observados em grupos estrangeiros. Durante sua pesquisa, a professora teve contato com líderes de grupos de palhaços na Europa Ocidental, Oriente Médio e América Latina, presenciando piadas racistas envolvendo negros e latinos.

O estudo sugere a revisão das práticas e comportamentos dos palhaços brasileiros, visando uma atuação mais acolhedora e respeitosa, livre de estereótipos e preconceitos. A pesquisa também discute a mercantilização do serviço de palhaços em hospitais estrangeiros, contrastando com a atuação voluntária dos grupos brasileiros.

Além disso, a pesquisa destaca a importância de valorizar a diversidade cultural e artística na atuação dos palhaços de hospitais, enfatizando a necessidade de sensibilização sobre a verdadeira função artística e social do palhaço. Maria Rosa propõe adaptações nas vestimentas e nas atividades dos palhaços, visando uma abordagem mais inclusiva e respeitosa.

Em resumo, a pesquisa de Maria Rosa Silva traz à tona questões relevantes sobre a atuação dos palhaços de hospitais no Brasil, incentivando uma reflexão sobre a importância de promover um atendimento humanizado, livre de preconceitos e estereótipos, visando o bem-estar e a recuperação dos pacientes.

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