Durante esse tempo no exterior, a PF quebrou o sigilo bancário do ex-presidente e analisou suas movimentações financeiras. De acordo com o relatório, não foram identificadas movimentações nas contas de Bolsonaro entre os dias 30 de dezembro de 2022 e 30 de março de 2023. A conclusão da PF foi de que o dinheiro obtido com a venda ilegal de joias recebidas de autoridades estrangeiras durante o governo de Bolsonaro foi utilizado para custear suas despesas nos Estados Unidos.
Os investigadores também apontaram que pelo menos três kits de joias foram levados para fora do país no avião presidencial quando Bolsonaro deixou o Brasil. Entre as joias estão esculturas douradas presenteadas pelo Bahrein, um kit da marca Chopard e um conjunto de peças da marca Rolex. Essas joias foram obtidas de forma ilícita do acervo público brasileiro, segundo a investigação.
Até o momento, a defesa de Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre as acusações feitas pela Polícia Federal. O ex-presidente foi indiciado, juntamente com outras 11 pessoas, por participação em um esquema de venda ilegal de joias. A PF ressaltou a importância das investigações e a necessidade de responsabilizar os envolvidos nesse tipo de crime.
As investigações continuam em andamento e novas informações podem surgir ao longo do processo. O caso tem gerado grande repercussão e levantado debates sobre a ética e a transparência no exercício do poder político.