A investigação teve início a partir de um trabalho realizado pela Interpol/Itália na cidade de Roma, em 2019, onde foram identificados grupos no aplicativo de mensagens WhatsApp destinados à troca de conteúdo abusivo envolvendo crianças e adolescentes, com participantes de diversos países. Foi descoberto que um dos participantes do grupo utilizava um número de telefone com DDD de Alagoas.
Com base nessa informação, a Polícia Federal solicitou à Justiça Federal a expedição de um mandado de busca e apreensão para aprofundar as investigações. Durante a operação, foi apreendido um celular que estava em posse do suspeito de ser o responsável pelo compartilhamento de arquivos de vídeo no grupo identificado pela polícia italiana.
O aparelho eletrônico será encaminhado para perícia, a fim de verificar a existência de outros arquivos relacionados à exploração sexual infantojuvenil, assim como elementos que confirmem a autoria do crime previsto no artigo 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente. O usuário da conta de WhatsApp associada ao número investigado poderá responder pelo crime, que prevê pena de até seis anos de prisão.
É importante ressaltar a gravidade e a sensibilidade do caso, que envolve a proteção de crianças e adolescentes contra a exploração e abuso sexual. A Polícia Federal segue trabalhando para identificar e responsabilizar os envolvidos nesse tipo de crime, visando garantir a segurança e integridade das vítimas.